A saga da Família Ventura

Não, não é isso! Que título! Esse título seria algo muito abrangente e não é isso que quero expor. Mas quero que o mesmo chame a atenção...Quero que seja fácil achá-lo na internet...Principalmente quero que este texto chegue até, futuramente, aos meus netos (que virão) e a minha netinha primogênita já existente...

POR QUE?

Era Domingo de Ramos...A igreja estava lotada...Rodamos por quase quarenta minutos até acharmos uma igreja aberta ou cuja missa ainda não tivesse começado. Quando, finalmente, chegamos até a Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré. Eram oito horas e a missa estava no comecinho. Não conseguimos mais sentar, todos os lugares ocupados...Vi que seria um martírio. Além do peso a mais que carrego tenho umas dores inexplicáveis, faço uso de algumas sandálias confortáveis, porém, elas não são nada elegantes e nesse dia resolvi usar algo especial, mais chic, afinal merecemos...Aí foi o meu fim...

A partir daí, apesar das mil dores, comecei a olhar para cima e a apreciar a beleza de nosso maravilhoso Santuário com sua construção Neoclássica e olhando os vitrais percebi as inscrições: AF. MacDowell...Com toda certeza deve ser uma homenagem a esta família pela doação dos vitrais...Essa família era de grande tradição em Belém. Sempre ouvia minha mãe falar e sempre gostei de histórias antigas. Tem uma vila bem no centro de Belém (bairro nobre) com o nome desta família...Relembrar essas coisas nos meus devaneios serviam de bálsamo para as minhas dores...

Daí pensei: tenho 51 anos, ainda lembro de pequenas histórias de famílias antigas, mas, meus filhos de 30, 26 e 18 nem sabem dessas existências...Como tenho minha netinha de quase três anos quero escrever sobre uma parte da família Ventura, uma parte que não deverá ser esquecida por nós, integrantes da mesma. É COMO SE EU ESTIVESSE ESCREVENDO PARA MEUS NETOS...

A HISTÓRIA QUE QUERO QUE MEUS NETOS TOMEM CONHECIMENTO

Meu pai foi o Sr. Artur Ventura, português, ao longo do tempo com alma brasileira. Veio para a o estado do Pará com apenas 14 anos. Recebeu uma carta de chamada de um tio dele. Eu conheci este tio. Era o "seu Venturão". Segundo estatísticas arrecadadas em minhas pesquisas para compor este texto esta chegada ao norte do Brasil com a referida idade foi no ano de 1951.Cheguei a esta data (ano) levando em consideração que meu pai morreu com 70 anos, no ano de 2007 e nasceu em 1937. Isso porque ainda hoje ouço no meu cérebro a voz dele falando que veio para esta terra com 14 anos e, que, portanto, era mais brasileiro do qualquer um.

Outra história que eu ouvia muito em criança da boca de meu PAI era: que ele tinha apenas três pares de roupa para vestir; dois pares eram para trabalhar e trocar no decorrer da semana e o outro par era para vestir aos domingos...Isso me emociona até hoje...Ele era um homem muito bonito, mas beleza não se põe a mesa. Ao longo do tempo e mais precisamente hoje, que ele já vai para 8 anos de falecido sei que essa beleza não era somente por fora. Pelo contrário, a beleza interna dele, do caráter se exalta muito mais a cada dia que passa...

Papai conheceu mamãe no setor de trabalho, ele mais jovem do que ela três ou quatro anos (nunca sei bem, já ouvi isso tantas vezes). quando casaram era como se ela tivesse 27 e ele 24...Tiveram duas filhas, eu sou uma delas. Eu tive quatro filhos e minha irmã três. Hoje eu lamento não ter tido um irmão. Porque as filhas casaram e assumiram sobrenome do marido e se tivesse um homem este daria o nome VENTURA a sua esposa e a seus filhos...Não estou lamentando CRITICAMENTE, apenas gostaria de saber que o nome da família iria prosseguir...Exemplo: minha netinha não tem o Ventura em seu nome e ela é mais parecida com descendentes portugueses do eu...

CONCLUSÃO:

Uma loucura este texto.Quando surgiu esta necessidade de escrevê-lo

estava na igreja, seria realmente para registrar a chegada de meu pai na região norte a fim de que um dia meus netos e possíveis bisnetos pudessem ter acesso para saber de onde todos surgiram...Só que muitas coisas aconteceram. No decorrer daquela semana após a missa não houve tempo, semana corrida, acontecimentos instantâneos e quando chegou o Domingo de Páscoa estava sozinha pela manhã e tentei entrar aqui no Recanto e escrever meu texto através do celular...O texto já estava longo e uma sucessão de coisas aconteceram...( coisas chatas) e acabei por perder tudo que já tinha escrito, confesso que chorei, chorei algumas lágrimas porque sabia que não poderia jamais dar a mesma roupagem ao texto...Porque o momento é outro agora (neste momento em que escrevo) e as palavras captam o sentimento do escritor, ou seria o contrário? Os sentimentos captam as palavras...????????

MEUS FILHOS E NETOS

TUDO QUE SOMOS

DEVEMOS A ELE

NUNCA SE ESQUEÇAM DISSO!!

Patrícia P Ventura
Enviado por Patrícia P Ventura em 07/04/2015
Reeditado em 07/04/2015
Código do texto: T5198904
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