Resenha: As Brumas de Avalon – A Senhora da Magia

Todo mundo já leu diversas resenhas (assim como eu) sobre o livro “As Brumas de Avalon”, os pontos principais já foram expostos, porém, desejo expressar outras opiniões, estas, que pessoas indecisas procuram ler antes de comprar algum livro, a final, sinopses estão em qualquer lugar, inclusive nos próprios livros.

Quando procuro saber sobre uma obra, gosto de ler a opinião de um leitor a cima de tudo. E neste, será escrito com a opinião de um.

As Brumas de Avalon é dividida em quatro volumes e estarei comentando o primeiro (estou quase acabando o segundo).

Uma coisa que tinha em mente, até pelo fato de ser fã de histórias com bruxas, era de que encontraria um livro envolvendo muito mais misticismo, magia. Mas ele não é assim, engana-se quem achar que o livro aborda uma versão de “Charmed” da Bretanha, ou até mesmo sobre “às mães” das Bruxas de Salém.

O livro foca em assuntos mais políticos da época, mas de uma modo superficial. Ao mesmo tempo em que é todo politizado, o mesmo não é totalmente explorado, detalhado.

O personagem centro do primeiro livro: “A senhora da magia”, é, na árvore genealógica, importante para a história, para entendermos de qual personagem veio de qual, o que os liga, suas crenças e herdeiros, porém, com o desenrolar da narração, nota-se que a autora deu ‘muita linha’ para uma personagem de pouco destaque, principalmente por narrar a vida cotidiana da mesma, sem muitas emoções e conflitos.

Os elementos políticos poderiam ter mais destaque, mais narração do que a personagem.

A metade seguinte do livro muda completamente de cenário e Igraine é esquecida, reaparecendo no segundo livro com menos destaque e atuação. Nesta parte, podemos conhecer melhor sua irmã Viviane e sua filha Morgana, duas personagens mais importantes e de maior realce.

O Interessante do livro é como a autora nos apresenta fatos comuns da época que soam um tanto estranhos hoje em dia, como casamentos arranjados, como a mulher era vista (pelos cristãos), o seu papel na sociedade e em seu lar e como os cristãos eram fanáticos e se comportavam diante dos que eram pagãos.

Outro fator característico do livro que o deixa singular e admirável, é como Marion coloca as mulheres como personagens principais na trama, tomando importantes decisões e como a opinião delas eram requisitadas e admiradas (para os seguidores da Deusa, muito diferente dos cristãos). Os personagens homens, importantes na estória – e lenda – são meros expectadores, ou seja, são citados na história e não citadores.

A narração possui pouquíssimas cenas de ação, deixando assim a leitura monótona e cansativa.

É um livro interessante, mas que deixa uma sensação de que está faltando alguma coisa.

Nota 7