PASSE AO LADO
PASSE AO LADO
Caminhava lentamente cabisbaixo
Pensando ser o maior desventurado
Quando ouço um murmúrio muito baixo
Dizendo: não me pise, passe ao lado
Olhei aquela criatura, se arrastava
Sem pés, sem mãos, era toda deformada
Todavia, sua fisionomia não mostrava
Sofrimento, em sua face iluminada
Voltei a repensar meu comportamento
- Rendi graças ao imortal criador
E, a partir daquela hora, daquele momento
Vi que não era da vida um enjeitado
Porque olhando para trás, sempre há pior
Por mais que o coração pareça magoado !
São Paulo, 18/05/2008
Armando A. C. Garcia
Site: www.usinadeletras.com.br
E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br
Declamei este Soneto no auditório Prestes Maia, da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 12/06/2008, na Consagração Da União do Movimento Poético em São Paulo da Casa Do Poeta - Ao Movimento Poético Nacional, bem como o Soneto - Triste Esperança !.