MEU CARMA
Sei que nunca terei os doces beijos
Mesmo que lute, chore ou que conclame!
Sempre tive negado os meus desejos
Como se eu fosse um pecador infame!
Caminho sempre ao lado dos andejos,
Mas quando chego, sinto atroz vexame...
Já acabaram os fogos e os festejos.
Deve ser lá do Céu, algum ditame.
Não beijarei seus lábios, com certeza,
Mas ficará eternamente presa
Nesta minh’alma a mais feliz lembrança:
O que há de mais sagrado em sua imagem
E escreverei poesias de homenagem
Às horas, que vivemos, de bonança!