A DESOBEDIÊNCIA

Seres humanos cheios de mazelas

Filhos da dor e pais da imperfeição,

Na Terra, em triste desalinho, estão

No aprendizado – alunos tagarelas.

Falam bastante e mentem de roldão

Como almas que quisessem, paralelas,

Dominar o mundo das corruptelas,

Logrando os céus das glórias que virão.

Encalacrados na vaidade espúria

Usam o orgulho pra sobrevivência,

Nos fundos atoleiros da luxúria.

Chegados na placenta da falência

Animalizam-se a curtir injúria

E morrem sempre na desobediência.

Salé, 20/12/01, às 04h