SUPLÍCIO DE TÂNTALO

Por que eu vivo poetando em fantasia?

Por que? Se a minha amada me deixou?

Nem “tricotamos” mais... Só nostalgia!

Só tristeza comigo então ficou.

Enquanto ela sorri com alegria,

Sem saber como dói o que restou

Num coração que viveu de utopia,

Eu pago caro o amor que me cegou.

Conheço outras pessoas formidáveis

Que têm o coração e a alma notáveis

E me amparam nesta hora de abandono.

Mas, a forte afeição é incompreensível:

Não há como extirpá-la... É impossível!

Eu vivo nesta dor, e ela? Em seu trono.

Salé, 16/11/10, às 08h 20 min