SONETO

Cada poema ingrato que componho

Tem o sabor de nova despedida.

Despeço-me de amigos em bom sonho,

Das mulheres que amei e até da vida.

Cheiro de terra ao começar a chuva,

A mão destendida para o labor,

Mãos nuas ou calçadas com a luva,

‘Confissões, juras constantes de amor.

Vivemos de ilusão e de paixões,

Queremos penetrar nos corações,

Mas, eles se contraem pela investida.

Lutamos com as armas que possuímos

E sempre nos postando quais arrimos

E sem querer... vamos perdendo a vida.

Salé, 1º./01/11, às 08h 25min