Memórias
Memórias
Avoquei à mente às melhores memórias
Dos dias mais perfeito desta existência
E sem pensar nas minhas inglórias
- Perguntei à minha pobre consciência
Se valeu a pena viver esta experiência
- A pobre da consciência silenciou
Densamente calada, tive ciência
Que de pouco ou nada me adiantou
Pobres memórias, que no imo minguado
Decaíram, como o talento do artista.
Dependurado na parede, é triste o quadro
O franco descolorido magoa as vistas
Rudes traços, nas tintas, mal pintado
Rudes memórias, fracas conquistas.
Porangaba, 29/05/2011
Armando A. C. Garcia
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