SONETO DO AMOR SONHADO

SONETO DO AMOR SONHADO

Deitado em teu colo nu, submeti-me às carícias

Dos toques delicados que excitaram-me por inteiro

E eu que antes fora lobo, tornei-me então cordeiro

Domesticado sob permitidas e sensuais sevícias

Senti o cheiro de teu sexo como quem tem fome

Agarrado às tuas coxas como um truão desesperado

Beijei teus seios; ávido, lascivo e descontrolado

Lambi-os, suguei-os, mordi-os; murmurei teu nome

Eram meus lábios prisioneiros de tua boca arfante

E na inundada fonte cálida, ansiosa e palpitante

Tocando-te, os secretos teus, busquei - e achei.

Trêmulo de desejo, volúpia e sôfrega penúria

Pediste e escravo, penetrei com trôpega luxúria

E jorrou de nós o amor que eu sonhei - e sonhei...

Leopoldina, MG.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 18/12/2006
Código do texto: T321422