SABES

SABES

Sabes que é de ti que falo

E de ti que me aflige a saudade

De ti é o vazio que me invade

E sabes que é por ti que calo

Sabes que é por querer preservar-te

Que recolho-me discreto e triste

Que finjo que o amor não existe

E sabes que é por muito amar-te

Sabes bem que por mais não fora

Que eu andara assim reprimido

A ti buscara resoluto, impávido...

E de teu seio todo o néctar sorvera

Saciando a sede do amor contido

Mas que sabes ser vívido e ávido!

Leopoldina, MG, 09 de outubro de 2004.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 13/01/2007
Código do texto: T345736