REGISTRO CIVIL

Compareceu diante o tabelião,

Tendo nos olhos um estranho brilho!...

Ia, feliz, a registrar o filho,

Elo sagrado de sua paixão.

Pergunta-lhe solene, o escriturário:

Para os fins, qual o nome da criança?

-Vírgula – respondeu-lhe sem tardança,

O pai emocionado e visionário.

Vírgula?! – Espantado, o funcionário

Pensou em brincadeira ou trocadilho

E comentou: - Que péssimo e arbitrário!

Mas... quase perde, atônito, a razão.

Sim Senhor, é esse o nome do meu filho:

Vírgula Ponto da Interrogação.

Salé, novembro de 1998 Lucas