AUGUSTO DOS ANJOS

AUGUSTO DOS ANJOS

Repleto de angústia e desatino

Como os versos da poesia ansiosa

Vieste com tua alma conflituosa

Aportar aqui, nobre peregrino!

A cura para teu peito de menino

Como dádiva urgente e imperiosa

Buscaste nesta cidade graciosa,

Leopoldina, e achaste teu destino.

Testemunha dos teus ais nas madrugadas

Confidente das cantigas desesperadas

Esta que guarda os versos do teu EU.

Augusto, como os anjos és agora

Recebe como filha quem outrora

Como mãe no regaço te acolheu!

Leopoldina, MG, 27 de abril de 1979.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 10/03/2007
Código do texto: T407761