AUGUSTO DOS ANJOS
AUGUSTO DOS ANJOS
Repleto de angústia e desatino
Como os versos da poesia ansiosa
Vieste com tua alma conflituosa
Aportar aqui, nobre peregrino!
A cura para teu peito de menino
Como dádiva urgente e imperiosa
Buscaste nesta cidade graciosa,
Leopoldina, e achaste teu destino.
Testemunha dos teus ais nas madrugadas
Confidente das cantigas desesperadas
Esta que guarda os versos do teu EU.
Augusto, como os anjos és agora
Recebe como filha quem outrora
Como mãe no regaço te acolheu!
Leopoldina, MG, 27 de abril de 1979.