PÁSSARO CATIVO

PÁSSARO CATIVO

Sou ave cantante solitária e infeliz,

presa em gaiola dourada e reluzente,

cantando melodia que parece, de contente,

dizer: foi este o destino que eu quis!

Pensar que canto e não morro por um triz,

por almejar a liberdade o sangue quente,

por saber que é por amor, mas diferente,

por saber que de amar sou aprendiz.

Faço assim deste cantar, meu alimento,

como absinto inspirador e embriagante,

que me liberta e faz voar meu pensamento.

Canto “alegre” a poesia que em mim dói,

ardor latente de um desejo delirante,

saudade eterna de um amor que ainda não foi!

Leopoldina, MG, 07 de fevereiro de 2007.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 14/03/2007
Código do texto: T412073