SUAVE MELODIA
 
 
Quão triste é o canto do poeta
Sentido, forte, escuro como a noite.
Fazendo das palavras o acoite
De u’a alma sofrida, abjeta!
 
Quem dera fosse a vida repleta
De cânticos sutis da meia-noite.
Que não provoque dor este açoite
Contíguo a tua alma irrequieta!
 
Quem sabe um dia além de toda dor
Possa cantar contigo, em louvor
Ao deus de toda a sabedoria...
 
Então, há de perpetuar o amor...
E a lua, ressurgindo com fulgor,
Fará que ouças suave melodia...
 
 


 
 
Inspirado no belissimo soneto "Lira Morta"
do poeta Aarão Filho

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/4391859



 
AMIGOS SÃO SEMPRE BEM VINDOS!


(ÂNGELA FARIA DE PAULA LIMA)

 
AS VOLTAS DO DESTINO
 
Por certo a alma triste, suplicante
Ao ver a morte da lira em seu peito
Silenciosamente, agonizante,
Chora baixinho o seu amor desfeito...
 
E pede a Deus o fim da dor. Percebe
A solidão que chega lentamente
E mesmo assim em ânsias a recebe
Por companhia ser, mesmo silente...
 
Quem sabe volte a música bendita
Ao peito deste vate suplicante
Em vagas, como as ondas murmurantes!..
 
E a alma que esteve tão aflita
Cantará nas alturas terno hino
Comemorando as voltas do Destino!....
 
(03/08/2013)

Angela, perdoe-me o fato de publicar
sua belissima interação somente hoje,
mas não costumo verificar comentários
em textos anteriores ao do dia,
por isso não havia ainda notado
este belo presente que você me deixou.
Obrigada, querida.
Beijo imenso de carinho

(Milla)

Registrando a adorável e sempre querida
presença de HLuna, que escreveu
este belíssimo Rondel, inspirado em
meu soneto e eu roubei lá da
Escrivaninha dela
(sem pedir permissão)
para publicar aqui na minha.
Perdoe, Helena, mas não resisti
a enriquecer minha página
com este Rondel magnífico!
Beijo, Milla



SONS NA NOITE

Melodia de amor que a mim encanta,
quando a ouço na madrugada vadia,
serenata que meu sono logo espanta,
bem quisera poder ter essa alegria.

Sons repletos de suave harmonia,
vão crescendo e depressa se agigantam.
Melodia de amor que mim encanta,
quando a ouço na madrugada vadia.

Tem beleza, nunca vi... é graça tanta,
que a lua se achega, a Terra espia,
um soluço me atravessa a garganta...
Inda bem que já vem nascendo o dia.
Melodia de amor que a mim encanta.


(Inspirado no belo soneto "Suave Melodia" de Milla Pereira)