E O VENTO LEVOU

Na avenida defronte ao meu local de trabalho a velha casa vazia
Relíquia que foi um dia a mais bela da praça virou alimento de traças
Sua porta desgastada e corroída tem ao seu lado a mesma janela
Que emoldurava seu lindo rosto a sorrir quando eu passava por ela

Recordando eu revejo aquele cenário que outrora foi palco
No advento de nossa juventude quando com ingênuas atitudes
Assistidos pelas estrelas e o luar juramos eternamente nos amar
Ela a desabrochar como uma flor eu como um ingênuo sonhador


No cotidiano diário ao abrir o mercado ao longo de tantos anos
Recordo-me naquela sala em teus braços sonhando acordado
Embarco-me nas assas do tempo e me perco devaneando


Vejo-a menina moça ao luar a brisa suave teus cabelos a balançar
Como a mais bela das rosas em botão suas pétalas a desabrochar
Como névoa no infinito o vento atrevido levou um amor tão bonito!
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 24/10/2013
Reeditado em 09/10/2018
Código do texto: T4539736
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