O POETA
O poeta é feliz... Se tem saudade
Sonha acordado com a sua amada.
Mas, se a tristeza o coração lhe invade
Corre o mundo nas asas de uma fada.
Se chora de alegria e afinidade,
Ri de tristeza fria e inconsolada.
Se amado, ele ama. E ama de verdade.
Se desprezado... Esquece! Pátria-amada!
Nada doma o poeta... Nada não,
Somente a força incrível da paixão
No sorriso especial de uma mulher.
Então ele se ajoelha, fecha os olhos,
E torna-se um escravo em mar de escolhos,
Pelos beijos febris dessa mulher.