ETERNO ESQUECIMENTO

Quando eu morrer o céu se cobrirá

De nuvens e de lágrimas cinzentas,

Pois se tu, meu amor, me só lamentas,

Mais a minha alma triste ficará!

Vivo na angústia desta sorte má,

De inglórias e de horas pachorrentas,

Pois tu, amor, em nada me contentas,

Na minha solidão que chorará.

Alguém pode viver assim tão só,

De apenas desejar a própria morte

Do coração, que nem sequer é forte?

Pois de mim não pareces já ter dó,

E estou completamente em sofrimento

De ser em ti eterno esquecimento.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 11/09/2015
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