O peso da idade (soneto)

O peso da idade

Esta minha perambulação cansada

Distende-se a cada dia, a cada ano

Retraindo o passo e a caminhada

Pelo peso da idade, no ser humano

A vitalidade dobrasse ao desalento

Encurta-se o vigor, cresce o dano

Na busca do nada, já sonolento,

Surge neblina, esperança, ledo engano!

No meio do caminho, desfalece

Toda perspectiva que ainda tinha

De viver uma velhice que entardece

Com dignidade, e respeito humano,

Quando se encurta a vida, e ela caminha,

A largos passos para outro plano !

São Paulo, 24/09/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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