O condenado

Ao tribunal chegou o arguido armado

Em figurão, convicto que se iria

Safar das más acções, mas condenado

Foi a cumprir a sua pena fria.

Logo o sorriso seu de vil pecado

Se transformou em pranto todo o dia,

Já que viu que o produto seu roubado

Acabou por tornar-se em agonia!

Tantas foram as vezes que roubou,

Que ao fim das contas nada lhe adiantou.

Pois isto de viver fora da lei

Tarde ou cedo resulta em tal desgraça,

Que a consciência em peso tanto abraça,

Só por ser um ladrão armado em rei.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 30/04/2016
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