POMARES

Na infância eu ia aos pomares

Dos amigos do professor Ferreira

Eram léguas andando nos lugares

Escalando coqueiro e goiabeira

Aguardava as férias escolares

Cavalgar e subir na aroeira

A cada ano aumentando os patamares

De uma vida gentil, pura e festeira

Gente simples em casa de sapê

Citadino eu curtia esse momento

Inspirando a estrada de buquê

E a linguagem do povo – documento

Que armazeno na mente sem clichê

Junto às cores e sabor do alimento