O REALISMO-NATURALISMO

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Estudos Literários

 

O Realismo surgiu na segunda metade do século XIX, na França a princípio nas artes plásticas. Os pintores, antes que os literatos, reagiram duramente contra o Romantismo

No ambiente literário, surgiu na França uma escola que se desdobrou em três estilos simultâneos: O Realismo; o Naturalismo e o Parnasianismo.

A denominação Realismo-Naturalismo caracterizou duas tendências que durante esse período, privilegiaram a literatura em prosa, enquanto o Parnasianismo privilegiou a poesia.

O Realismo: teve início em 1857, na França, com a publicação de Madame Bovary, de G. Flaubert (1821-1880). Flaubert, inaugurava na literatura a crítica à hipocrisia burguesa. Nesse romance, que causou grande impacto na França, o autor critica a superficialidade da vida burguesa e mostra a conduta moralmente discutível da protagonista, Emma Bovary. Casada, mãe insatisfeita com a vida, comete adultério e, envolvida por problemas emocionais e financeiros, suicida-se.

O Naturalismo: foi inaugurado na França, com a publicação de O Romance Experimental de Émile Zola, em 1880. O Naturalismo é o Realismo exacerbado. Por isso, todo o naturalista é realista, mas nem todo o realista é naturalista.

O Parnasianismo: Surgiu na França em 1896, com a publicação da revista Le Parnasse Contemporain (que também deu origem ao nome da escola), onde se destacavam poetas como Baudelaire e Théophile Gautier. A poesia Parnasiana significou a rejeição total da linguagem declamatória e coloquial do Romantismo. O Parnasianismo valorizava as descrições, o cuidado com a linguagem e com as concepções tradicionalistas sobre metro, ritmo e rima, ou seja: objetividade temática e culto da forma.

Os Realistas-Naturalistas surgiram em oposição ao romantismo. Assim, em vez de subjetivismo, propunham a objetividade; em lugar da imaginação, a realidade. Afirmavam que renunciariam ao sentimento em favor da inteligência. A obra literária passou a ser considerada por muitos autores, uma arma de combate para as reformas sociais. Pregava-se a arte compromissada e engajada, apoiando-se num mundo científico, não mais a arte desinteressada dos românticos. Enfim, "dispunham a examinar a existência humana, movidos por intuitos científicos, de modo a converter a obra de arte num autêntico laboratório, em defesa da causa social". (in: Massaud Moises, A Criação Literária; 1988)

Tópicos Relacionados (clique no link):

O Parnasianismo.

O Realismo-Naturalismo na Criação Literária.

Diferenças entre o Romance Realista e o Naturalista.

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Para maiores informações a respeito do assunto ver: Paulino, Graça; Estudo das formas e estilos literários; São Paulo, FTD, 1987./ Massaud Moisés; A Criação Literária. 17. ed. São Paulo: Cultrix, 1988

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Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 20/07/2009
Reeditado em 16/01/2013
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