GRANDES OBRAS ESCRITAS NA PRISÃO

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Estudos Literários

 

Em 1298, o explorador Marco Pólo se tornou prisioneiro durante um ano, ao comandar uma esquadra na guerra entre Veneza e Gênova. No período em que esteve encarcerado ditou ao companheiro de cela de nome Rusticiano, os capítulos da obra o Livro das Maravilhas – A Descrição do Mundo. Ao sair da prisão, volta para Veneza, onde fica até a morte. No decorrer dos séculos, o Livro das Maravilhas transforma-se num clássico traduzido para inúmeras línguas.

A Morte de Artur, um dos mais famosos romances sobre as histórias do rei Artur e os Cavaleiros da Távora Redonda, foi escrita em 1469, pelo romancista inglês Thomas Malory, quando ele cumpria pena de prisão em Londres. Malory acabou morrendo por lá mesmo, em 1471, mas o livro foi publicado em 1485, rendendo a ele um reconhecimento póstumo.

 Uma das maiores obras da literatura mundial, “Dom Quixote“, também teve início em uma prisão. Miguel de Cervantes foi preso em 1597 em Servilha por dívidas, e começou a escrita de  seu famoso livro durante os três meses em que esteve encarcerado. Tempos depois ele se tornou prisioneiro novamente, dessa vez, dos piratas mouros, com quem viveu por cinco anos.

Adolf Hitler, antes de se tornar um grande ditador, também esteve preso durante cinco anos na prisão de Landsberg. Sua prisão ocorreu em 1923 e foi durante o confinamento que nasceu o livro “Mein Kampf” (Minha Luta), obra considerada como a bíblia do Nazismo.

Entre 1717 e 1718, o filósofo Voltaire passou onze meses preso na bastilha por escrever poemas contra o regime de governo da época. Foi durante este tempo que deu início ao famoso poema épico “Henríade”.

Em 1759 o escritor John Cleland  também estava preso por dívidas. Foi então que recebeu uma proposta irrecusável de um editor que se comprometia a pagar todos os débito e tirá-lo da prisão, se escrevesse uma novela pornográfica. Nesse momento nasceu o clássico “Fanny Hill – Memórias de Uma Mulher de Prazer”.

O escritor russo Dostoievski se beneficiou das experiências do cárcere. Em 1849 ele foi preso por conspirações revolucionárias. Passou oito meses recluso e chegou a estar diante do pelotão de fuzilamento, com a venda nos olhos, quando a pena foi comutada. São posteriores a esse episódio suas maiores obras: “Memórias do Subsolo“, “Crime e Castigo“, “O Idiota” e “Os Irmãos Karamázov“. Estas obras o transformaram em um dos maiores nomes da literatura mundial.

Em maio de 1895 – após ter passado por três julgamentos – o escritor Oscar Wilde, famoso por sua opção sexual, foi condenado a dois meses de trabalhos forçados sob a acusação de “cometer atos imorais com rapazes”. No livro “De Profundis”, Wilde descreveu as terríveis condições da prisão: “É sempre crepúsculo na cela, como é sempre o crepúsculo no coração“.

No Brasil, o alagoano Graciliano Ramos também esteve preso por nove meses, entre 1936 e 1937, acusado de comunista.  “Memórias do Cárcere” é o título do romance que relata essa época. Foi publicado em 1953, após a morte do autor. Enquanto esteve preso foi publicado outro romance seu, intitulado “Angústia”. ®Sérgio.

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Informações foram retiradas e adaptadas ao texto de diversas fontes.

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Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 04/01/2013
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