A arte da viajosidade canta, que o vento leve a canção ao pobrehomem, que este escute. Que isto ecoe.

Canção a um pobrehomem

Ah, pobrehomem que cita e nada cria.
Quimera retorcida, galho que já minguou
Na árvore da vida.

Ah, pobrehomem, ilhado
Em solidão, em meio a multidão
De pessoas em baile de máscaras.

Hipocrisia, ó pobrehomem
De outros homens já ilhados
Em receios, temores e medos.

Nostalgia é, pobrehomem
Quando os já enegrecidos
Recordam-se do que foi amor.

Posto que era chama eterna
Que apagou, queimou as bordas
da ilha interna, se dissipou.

Ó pobrehomem, ilhado em pensamentos
Não escuta mais o vento, que a sussurrar
Te grita para que voltes.

Pobrehomem, Ilhado tenta burlar o tempo
Sabendo sem perceber que caminhos lentos
O levam direto por caminhos tortos à própria morte.

Dija Darkdija