Um país igual ao nosso

Um país igual ao nosso

Um país igual ao nosso

Procurem. No mundo não há

Isto aqui é um colosso

Tudo, a mãe terra nos dá

Seria a maior potência

Se governado a rigor

- Mas temos de ter paciência

Se o vemos de mal a pior

Tempo das capitanias

Inda impera por aqui

Os cartórios serventias

Funcionam, estão aí !

As concessões de estradas

Rodovia imigrantes

Via Dutra, repassadas

Continuando tal qual antes

Demais estradas coitadas

Só buracos, nada mais...

Onde vidas são ceifadas

Conservações federais

Entrando lá no sertão

Quando a chuva dá sinal

Atola até caminhão

Verdadeiro lamaçal

Que é feito do IPVA

Dos milhões automotivos

E multas que inda nos dá

Quando somos atrevidos

É dinheiro que não vemos

Seu retorno em melhorias

Já que cada dia temos

Estradas sem serventias

Na Telefonia é igual

Dezenas de companhias

Sua tarifa é mortal

E inda cobram franquias

Vejam só que paradoxo

O telefone celular

Sem as linhas do ortodoxo

È mais caro de se usar

Tem gente enchendo a burra

Nas costas do brasileiro

Fazem do povo escurra

Não o fazem no estrangeiro

Aqui é tudo mais caro

Que nos Estados Unidos

... Nós somos um povo raro

Com grana até aos ouvidos

De sapatos a vestuário

Computadores e eletrônicos

Automóvel e utilitário

Têm preços astronômicos

Chego a crer ao final

Qu’ o Brasil é povo rico

Já que em paga é maioral

Ou seu burgo, é burrico !

Será que a culpa é do povo

Não acredito em tal

O pescador lança o covo

O comércio faz igual

Como entender afinal

Diferenças tão desiguais

Dinheiro forte o real

Como não vimos jamais

Sem poder culpar o câmbio

Quem será que paga o pato

Acho um ato mercenário

Não ter um preço barato

O salário aqui é baixo

Muito abaixo da razão

O povo anda cabisbaixo

Mal come ovo e pão

Se o povo ganha mal

Porque pagamos a mais

Estrutura social

Clamor de fogos vestais !

São Paulo, 21/02/2008

Armando A. C. Garcia

Site : www.usinadeletras.com.br

E-mail armandoacgarcia@superig.com.br

Armando Augusto Coelho Garcia
Enviado por Armando Augusto Coelho Garcia em 22/02/2008
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