PÍNDARO

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Poetas Gregos

“Para mim, quando os deuses realizam maravilhas, nada parece inacreditável.”

Píndaro, chamado de "príncipe dos poetas", nasceu em 518 a.C. na pequena cidade de Cinocéfalos, perto de Tebas e morreu em 438 a.C., na mesma cidade em que nasceu.

Era de família aristocrática e segundo a tradição, foi educado em Atenas, onde desde cedo se dedicou a poesia e, provavelmente, compôs sua primeira obra com menos de vinte anos. Um canto triunfal em homenagem a um jovem da família dos Aleuades. Nos anos seguintes, a fama de Píndaro se espalhou por toda a Grécia e ele se tornou poeta profissional itinerante.

A maior parte da obra do grande poeta está perdida. Restam-nos quatro coleções de Epinícios ou Odes Triunfais, que têm por título o nome de quatro jogos que celebravam: Olímpicas, Píticas, Neméias e Ístmicas (todos eles escritos por encomenda). A coleção perfaz um total de 45 odes ou epinícios (cantos apresentados em festas religiosas, e que depois se destinou à celebração de vitórias esportivas). A ode mais antiga data de 498 a.C., e a mais recente de 446. A ode pindárica típica contém um argumento mítico, que de alguma forma o poeta relacionava com a cidade, a família do patrono ou a vitória obtida; conselhos e advertências de fundo moral e, às vezes, político.

Embora tenha composto vários tipos de poesia lírica, sua fama advém principalmente das odes. A maioria dos poemas é dividida em estrofes, mas a estrutura é principalmente triádica, ou seja, a ode é dividida em três distintos grupos de versos: estrofe, antístrofe e epodo. O dialeto usado nas odes é o dórico, porém com diversos elementos homéricos e eólicos, resultando numa linguagem literária, um pouco distante da linguagem falada. Visava fazê-las compreensíveis da Ásia Menor à Sicília, embora não fosse fácil seguir o seu pensamento muito fragmentado. Seu estilo era sempre elevado, grandioso e colorido, e descrevia os mitos com fantasia e muita originalidade.

Suas odes são inseparáveis da música que compõem o ritmo. A tradução destas odes, dada à diferença dos acentos, não se adaptaria mais à música, sua característica principal. Uma vez traduzidas pareceriam prosa. Por isso, disse Horácio que as odes de Píndaro eram inimitáveis.

As Odes Píticas contém 12 odes triunfais organizadas em ordem não cronológica e, com exceção da II, foram dedicadas a vitórias obtidas nos Jogos Píticos, celebrados em Delfos em honra ao deus Apolo, ocorria a cada quatro anos no terceiro ano após as Olimpíadas.

Para Hieron de Siracusa

Eu queria que o filho de Filira, Quíron,

se é preciso através de nossa língua

fazer uma prece comum,

vivesse, ele que já partiu,

o poderoso filho de Crono, filho de Urano; e que reinasse

ainda nos vales do Pélion1, selvagem centauro

amigo dos homens pelo pensamento. Foi ele que outrora criou

o artesão que acalma a dor,

o doce Asclépio, o que fortifica,

o herói que cura todas as doenças.

Esse é um fragmento da 1ª estrofe da III Pítica, dedicada ao tirano Híeron de Siracusa, cuja doença está minando a saúde de Hieron. Píndaro menciona o herói-médico Asclépio e o centauro Quíron (474 a.C.).

Das Odes Neméias, apenas as oito primeiros podem ser considerados odes triunfais. Celebra vitórias nos Jogos Nemeus, festival, dedicado a Zeus (a cada dois anos, no segundo e no quarto ano após as Olimpíadas) em Neméia, no Peloponeso,

Píndaro é autor da célebre frase: "Homem, torna-te o que és". ®Sérgio.

Outros Poetas Gregos (clique no Link):

Hesíodo.

Teócrito.

Safo de Lebos.

Alceu de Metilene e Anacreonte.

Íbico De Régio, O Poeta do Erotismo

Mosco e Bíon.

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Ajudaram na composição deste texto:RIBEIRO JR., W.A. Hesíodo. Portal Graecia Antiqua, São Carlos. Disponível em: http://greciantiga.org/lit/lit03b.asp. / O Livro de Ouro da Poesia Universal, seleção Ary de Mesquita. Editora Tecnoprint, 1988.

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