TEÓCRITO

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Poetas Gregos

 

Teócrito (300 a.C.-,275 a.C.) foi o poeta grego de maior destaque no período helenístico. Quase nada sabemos de sua vida, a não ser que nasceu em Siracusa e a julgar pelos seus poemas, viveu algum tempo na ilha de Cós, onde aparentemente tinha laços familiares. Deve ter conhecido várias regiões da Grécia. Esteve também no Egito. Nada mais sabemos de sua vida, nem mesmo o local e a data exata de sua morte.

Chegaram até nós cerca de trinta idílios, que em grego tinha a acepção de pequenos poemas, além de uns epigramas e um poema figurado A Flauta. No entanto, a autoria de muitos dos idílios, de vários epigramas e de A Flauta são de autenticidade duvidosa.

Seus idílios podem ser reunidos em dois grupos:

    Idílios pastorais ou bucólicos.

    Mimos (dramáticos e líricos) e pequenos poemas em versos épicos.

Diversos idílios contêm diálogos, mas somente quatro deles podem ser considerados mimos: os idílios II e III são "líricos" e os idílios XIV e XV são "dramáticos".

Os versos de Teócrito revelam preocupação com a forma, mas, ao contrário de seus contemporâneos, o vocabulário é simples e os diálogos são curtos e naturais. Os mimos foram inspirados pela obra de um compatriota mais antigo, o siracusano Sófron; os contos épicos, pela epopeia; mas a poesia pastoral é criação de Teócrito e influenciou fortemente a poesia bucólica posterior, como a de Virgílio; serviu de modelo a poesia árcade, que deu origem ao Arcadismo. Mas a poesia de Teócrito é natural e realista, ao contrário da poesia árcade, grandemente idealizada.

   Os poemas pastorais de Teócrito caracterizavam-se pela pequena extensão e pela visão poética da vida diária. Descrevem as belezas da natureza. Retratam as cenas campestres, os amores não correspondidos, os rústicos pastores de sua terra natal e as competições de canto bucólico. O deus Pã e outros mitos pastorais são também frequentemente mencionados.

Imitaram Teócrito, além do poeta romano Virgílio, os árcades renascentistas e modernos, como por exemplo, o italiano Sannazaro, o alemão Gessner, o português Bocage e o brasileiro Tomás Antônio Gonzaga.

O Canto de Polifemo (O fragmento poético pertence ao Idílio XI, O Ciclope, que tem um total de 81 versos. A tradução é de MCCD, professora de língua e literatura grega da FCLAR-UNESP.)

Foi um longo dardo que Cípris cravou em seu fígado.

Mas o remédio ele o achou, sentando sobre altos

rochedos, e enquanto olhava o mar cantava assim:

"Por que repeles quem te ama, ó alva Galatéia,

mais alva de ser que a coalhada, mais macia que um cordeiro,

mais faceira que uma novilha, mais lustrosa que uva verde,

e te achegas assim quando o sono me domina

e te vais tão logo o doce sono me abandona,

fugindo como ovelha à vista de um lobo cinzento?

Eu me apaixonei por ti, menina, na primeira vez em que

vieste com minha mãe, que flores de jacinto colher

queria nas montanhas, e eu ia guiando o caminho.

Pôr fim a isso, após outras vezes ter-te visto, agora

não mais me é possível. Mas tu com nada te importas, por Zeus!" ®Sérgio.

Outros Poetas Gregos (clique no Link):

Hesíodo.

Safo de Lebos.

Píndaro.

Alceu de Metilene e Anacreonte.

Íbico De Régio, O Poeta do Erotismo

Mosco e Bíon.

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Ajudaram na composição do texto: RIBEIRO JR., W.A. Hesíodo. Portal Graecia Antiqua, São Carlos. Disponível em: http://greciantiga.org/lit/lit03b.asp /O Livro de Ouro da Poesia Universal, seleção Ary de Mesquita. Editora Tecnoprint, 1988.

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